Cargas vivas: Iminentes riscos e problemas no transporte
O comércio brasileiro de cargas vivas segue em plena demanda no mercado interno e externo. Segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), embora 2020 deva fechar com queda nas receitas devido a pandemia do novo coronavírus, esse tipo de transporte tem movimentado cerca R$ 1 bilhão anualmente.
O transporte de animais exige uma série de cuidados especiais que as empresas de telemetria que gerenciam essas operações precisam ficar atentas. A Resolução nº 675, de 21 de junho de 2017, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) traz uma série de obrigatoriedades para o transporte de cargas vivas, como tamanho da carroceria ou vagão, adaptação de ambiente de acordo com a espécie e categoria do animal, pisos e assoalhos antiderrapantes, gaiolas e cercados protegidos, controle de temperatura e ventilação, entre outros.
Além das normas obrigatórias, é preciso considerar outras questões extremamente importantes para garantir o bem-estar dos animais durante todo o trajeto, como: correta higienização; controle da temperatura, de CO2 e de umidade para evitar o risco de adoecimento ou contaminação durante o deslocamento; as más condições das estradas; tempo de deslocamento e até ataques criminosos, já que alguns animais transportados são muito valiosos.
Parece óbvio dizer que medidas como essas são fundamentais para garantir a qualidade de vida do animal. Porém, a verdade é que em muitos casos, a maneira como as cargas vivas são transportadas no Brasil perpassam por situações no mínimo rudimentares. Mais de 70% da mortalidade é atribuída à insuficiência cardíaca ou ataque cardíaco ligados às condições do transporte, além de casos atribuídos ao estresse, traumas, fraturas e até contaminação durante o trajeto. Em grande parte, isso se deve à falta de estrutura do ambiente e ausência de monitoramento no período de deslocamento.
Em climas quentes onde o ar externo, a radiação solar e as condições de umidade não permitem obter uma temperatura adequada, o controle dos sistemas de climatização de veículos para o transporte de cargas vivas é extremamente necessário, pois atua preventivamente na manutenção da temperatura interna realizando o controle dos sistemas de ventilação. Por isso, o uso de sensores, como o de temperatura, são tão importantes nesse segmento.
A utilização de múltiplos sensores possibilita a coleta integrada de dados provenientes de diferentes dispositivos eletrônicos, permitindo ao gestor ter uma visão geral da operação. Importante ressaltar que o uso de inteligência embarcada permite não apenas receber dados, como temperatura, umidade e CO2 por exemplo, mas atuar na prevenção ou rápida correção de problemas, como superaquecimento de equipamento ou ambiente, falta de água, ou até mesmo, níveis de estresse animal.
Outras funcionalidades como a geração de dados em comunicação serial que são armazenados e geram relatórios, transferem autonomia ao operador ou motorista no controle das leituras realizadas pelos sensores.
Através de concentradores de periféricos, como o Hub 1-wire da Effortech, por exemplo, é possível realizar a gestão de múltiplos sensores e ainda integrá-los com os mais diversos dispositivos IoT, tornando o sistema mais eficiente, versátil, se adaptando a qualquer condição de clima e a diversas tecnologias de comunicação, como WiFi, GPRS, satélite, LoRa, entre outros. Isso possibilita o controle da operação em tempo real, durante 24 horas por dia e 7 dias por semana, coletando dados para armazenamento e gerando relatórios que o próprio operador ou motorista podem tratar, realizando os protocolos de segurança em caso de emergências.
A solução de sensores integrados para a proteção das cargas vivas no processo de deslocamento reúne o que há de melhor em medição e gerenciamento de processos logísticos através da telemetria. As empresas de telemetria que entendem a importância desta tecnologia podem ofertar em seu portfólio de serviços a garantia de leituras precisas realizadas pelos sensores com segurança, agilidade e entrega integral da carga viva enviada.
Como podemos ver, os riscos de perda são iminentes durante o transporte de cargas vivas, por isso, o planejamento logístico do deslocamento da saída dos criadouros ao destino das cargas vivas exige uma eficiente tecnologia embarcada, que garanta uma operação eficaz e de acordo com as leis. Deixar de cumpri-las pode gerar multas previstas na Lei dos Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605/98) e, perdas significativas para o negócio.
A Effortech desenvolve uma gama de produtos, com atuação de ponta a ponta, desde a captação de dados por meio de sensores, o tratamento das informações e o acionamento remoto de atuadores. Converse com nossos consultores e veja como integrar nossos produtos às soluções de telemetria que sua empresa oferece.